Um dos momentos mais aguardados da programação da FIT Pantanal 2025 será o painel “Conexão Ancestral: Experiências de Etnoturismo em Mato Grosso”, que acontecerá no dia 07 de junho (sábado), das 17h às 18h, na Sala 11 – Piso do Sol, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. O evento reunirá lideranças indígenas, autoridades públicas, operadoras de turismo e especialistas para apresentar os caminhos percorridos por duas das comunidades mais organizadas do etnoturismo brasileiro: os Haliti-Paresí e os Umutina-Balatiponé.

O projeto Etnoturismo Menanehaliti, conduzido pelas comunidades Haliti-Paresí do município de Tangará da Serra, constrói uma proposta inovadora de turismo baseada na ancestralidade, espiritualidade e na valorização das tradições. Com roteiros cuidadosamente planejados e protagonismo das lideranças locais, o projeto oferece uma experiência profunda e respeitosa, que conecta visitantes à essência da cultura indígena viva.

Já no município de Barra do Bugres, o projeto Etnoturismo Balatiponé floresce no território Umutina-Balatiponé. Com um plano de visitação estruturado e múltiplas aldeias engajadas, as comunidades têm atraído visitantes do Brasil e do exterior com vivências que combinam autenticidade cultural, organização comunitária e hospitalidade. Desde as caminhadas na natureza até o acolhimento em vivências rituais, o projeto vem fortalecendo a autonomia dos povos indígenas e movimentando o turismo local.

Essas duas iniciativas brilharam na FIT Pantanal 2024, quando realizaram lançamentos institucionais e surpreenderam o público ao conduzirem, pela primeira vez, um podcast indígena ao vivo, conectando lideranças tradicionais com autoridades, influenciadores e turistas, em conversas profundas e educativas.









Durante aquele mesmo evento, os dois projetos celebraram um marco histórico: o recebimento da anuência oficial da Funai, documento obrigatório para a realização de atividades turísticas em terras indígenas. A entrega foi feita pelas mãos do governador Mauro Mendes (@mauromendesoficial) e do Deputado Estadual Gilberto Cattani (@gilbertocattaniofc), consolidando o apoio político e institucional aos projetos.









O Plano de Visitação de ambos os territórios segue fielmente as diretrizes da Instrução Normativa nº 03/2015 da @Funai, o que garante não apenas segurança jurídica às atividades, mas também a centralidade das comunidades no planejamento e execução do turismo. É um modelo que respeita os direitos dos povos originários, valoriza seus conhecimentos e promove a preservação cultural e ambiental.
Com isso, os projetos Menanehaliti e Balatiponé vêm se consolidando como referência nacional, estabelecendo um novo padrão de organização, legalidade e protagonismo indígena no turismo brasileiro. O cuidado com cada etapa do processo, a formação das lideranças e o compromisso com a sustentabilidade têm chamado a atenção de especialistas, operadoras e entidades do setor em todo o país.
O painel “Conexão Ancestral” será mediado pelo consultor Sidnei Varanis (@sidneivaranis), especialista em turismo indígena e responsável técnico pela estruturação dos dois projetos. Estão confirmadas as participações de Salomão Nezokemazokai (liderança Haliti-Paresí), Felisberto Cupudunepá (liderança Balatiponé), Benedito Garcia (Coordenador Regional da Funai), Gilberto Cattani (Deputado Estadual), Wilson Pereira (Turismólogo especialista) e Wesley Granella Oenning (Secretário de Turismo de Barra do Bugres).


Um dos pontos centrais deste momento é a formalização das relações comerciais entre as comunidades indígenas e as operadoras de turismo, por meio do Termo de Parceria — instrumento jurídico previsto na Instrução Normativa nº 03/2015 da Funai. Este documento é obrigatório para empresas que desejam atuar em territórios indígenas com Plano de Visitação aprovado, garantindo segurança, clareza de responsabilidades e respeito à autonomia comunitária. As comunidades Haliti-Paresí e Balatiponé têm seguido este processo com rigor e responsabilidade, demonstrando maturidade e profissionalismo em todas as etapas. Durante o evento, novos parceiros estarão celebrando oficialmente a assinatura deste termo, marcando o início de uma nova fase de cooperação entre o turismo tradicional e o turismo indígena de base comunitária.
A realização técnica dos projetos tem contado com a expertise da Ícone Consultoria em Turismo, que atua com foco no desenvolvimento sustentável de destinos e negócios turísticos. A empresa é responsável por orientar metodologicamente todo o processo de estruturação dos projetos. Mais informações podem ser acessadas em: https://linktr.ee/iconeturismo .



O público presente terá a rara oportunidade de conhecer o passado, entender o presente e vislumbrar o futuro do etnoturismo em Mato Grosso, diretamente com as lideranças envolvidas, num ambiente de escuta, troca e respeito.
Além do painel, de 05 a 08 de junho, as comunidades Haliti-Paresí e Balatiponé também estarão com um espaço de exposição na área externa do Centro de Eventos do Pantanal (Piso Português), apresentando seus produtos turísticos, arte, grafismo e interações culturais ao público visitante da feira.
Estas ações representam muito mais do que iniciativas turísticas: são um manifesto de autonomia, identidade e futuro. São vozes ancestrais que agora dialogam com o mundo através da organização, do profissionalismo e da cultura viva.
Não fique de fora. Venha fazer parte desta conexão ancestral.